A Decisão!

"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade", Walt Disney

segunda-feira, 22 de março de 2010

O partir as pedras da calçada...

Toda e qualquer mulher portuguesa... nomeadamente Lisboeta... já pelo menos uma vez na vida deverá ter rogado pragas e espetado alfinetes num belo de um bonequinho vodoo quando pensa no belo do senhor iluminado e fantástico inventor do conceito de Calçada Portuguesa!

Confesso que quando se pesquisa na net quem terá sido este belo senhor.... pois que quase todas as entradas são de meninas fantásticamente adoradas e maravilhadas pelo conceito proveniente do Brasil no belo do século XIX.

Mas adiante...
O conceito da calçada na minha mente é quase semelhante ao conceito de uma pedra no sapato... só dá vontade de tirar o sapato e atirar a pedrinha para longe...

Mas não...
desta vez o meu belo saltinho não teve nenhum encontro imediato com a calçada... mas já que vou falar de pedras e pedrinhas... considerei a calçada portuguesa como algo que deveria ser imensamente e devidamente referida!

Pedras no sapato... quem as nunca teve?
Pedras na vida....já dizia o nosso belo amigo Fernando Pessoa... "Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

Mas...
mais crítico que a bela da calçada portuguesa... que a pedra grande no meio do caminho.... mais crítico que a pedra no sapato ou as pedras na vida é ... o quando nós próprios tentamos partir a nossa própria calçada....

Sim porque...

Nós acreditamos que somos engenheiros na nossa própria vida e que... todas as nossas calçadas construidas com tanto amor, carinho e dedicação são perfeitas e não fazem mossa a nada nem ninguém mas... de repente... um dia... temos a percepção de que não... que a nossa calçada é tudo menos perfeita.... sentimos que na nossa calçada apenas nós próprios temos a capacidade de não cair ou não ficarmos presos... e ... do nada vimos uma imagem tipo flash de alguém a ficar com o pézinho preso num buraquinho no meio da calçada perfeita e imaculada...

Do nada vimos alguém a tenta saltitar no meio da perfeição das pedrinhas... ou pior... a tentar passar para o outro lado da rua... sem cair....

Qual é o primeiro impulso?
Agarrar na pedra maior que encontramos e destruir toda a perfeição criada... obviamente não é... destruição primeiro e ... pensamento racional depois!

E olhamos para trás....
E respiramos fundo ...
E pensamos...

Porquê? Mas porquê que em vez de redesenhar toda uma calçada que apenas existe para irritar quem passa ... eu embirro em destruir tudo?

Resposta mais simples de uma autêntica destruidora nata de calçadas...

Porque é a coisinha mais rápida, eficaz e indolor de se fazer ... certo?


Calçadas portuguesas... 
De facto... quando se vê pela primeira vez... ao primeiro olhar ... são bonitas... os desenhos são interessantes... e muitas vezes os próprios dizeres fazem sentido... quando analisadas à lupa têm imperfeições como tudo na vida.... têm falhas nos encaixes.... até já podem estar ligeiramente lascadas...

Como tudo na vida...
para se construir algo... é necessário primeiro partir as belas das pedrinhas! As calçadas portuguesas... mesmo históricas... não podem e não devem ficar impunes à destruição... mesmo que ... no momento exacto ... tudo pareça destruído e sem sentido... no final... aparece a bonança... como se de um dia de tempestade se tratasse!


  
"Nao existe "pedra" no seu caminho que nao possa ser aproveitada para o seu proprio crescimento." 

Escrito por: Autor desconhecido

Boa semana!

17 comentários:

  1. Até eu que é raríssimo andar de salto alto já tive esse estúpido instante do sapato ficar para trás e eu indo caindo para a frente...

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  2. Pois inwhitelight....
    esse maldito encontro imediato acho que já quase todas as mulheres de portugal tiveram!

    :)

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  3. adorei este texto :) eu como não costumo andar de saltos, nunca me aconteceu, mas também já vi acontecer a outras pessoas e acredito que deve ser bastante difícil andar assim naquela calçada!
    beijinho

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  4. Numa perspectiva machista não deixa de ser divertido de assistir, numa perspectiva de cavalheiro é uma boa desculpa para oferecer uma mão :)

    Deixo uma ideia para as melhores sapatarias, a oferta de um acessório de película de gel transparente para colocar por debaixo do salto.

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  5. sim LBJ ... numa perspectiva masculina acredito que seja giro de se ver....

    quanto às palmilhas de gel sim... são uma opção quando se trata de sandálias... com botas o filme já e diferente :)

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  6. Eu diria que escusas de procurar a dita veia poética no sofá...

    ....aparentemente, não a terás perdido coisa nenhuma! :D

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  7. ai Bloguótico ....
    que simpático :)

    obrigado!

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  8. Pois, a calçada portuguesa é linda e perfeita mas é ao longe e/ou de salto raso... mas também já li que é (a parte branca) em parte responsável pela luz fantástica de Lisboa por causa da reflexão da luz nas pedras (não sei se é verdade). A ser verdade, valerá a pena a conta em saltos de sapatos!

    A beleza na nossa vida nem sempre é fácil e raramente é perfeita.

    ... e pronto, acho que é o máximo de poesia que consigo puxar de pedras! Sou um bocado calhau em poesia, já sabes!

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  9. Bem Abobrinha...
    conseguiste bem mais que eu encontrar um lado positivo à calçada...

    o reflexo da luz lisboeta.. quem diria :)

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  10. Creio que as pedras da calçada pessoal de cada um são bem mais interessantes... E que nem todas se conseguem partir, portanto... Passa-se devagarinho e com cuidado... ;)

    As outras que tiramos, servem sempre para redesenhar o caminho. :)

    Beijinho :)

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  11. redesenhar o caminho parece uma excelente forma de ver as coisas fadinha...

    bom fim semana :)

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  12. EM!
    E que tal palmilhar as calçadas acompanhada? ;-)
    Beijos

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  13. deixa-me adivinhar JP....
    acompanhada o risco de queda é menor é isso?????

    :)

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  14. Confesso a vc que adorei seu blog: ''Pequenas decisões'', realmente escreves muito bem....
    PEQUENAS DECISÕES MOVEM GRANDES SONHOS!

    Beijos no coração.

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  15. Obrigado pelo carinho Lúria Stael :)

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